MÚSICA

Num documentário que nos convida a perscrutar a nossa própria Humanidade, uma banda sonora de sensações e emoções, assinada por conceituados artistas de renome nacional e internacional, cujos temas cantados assumem o papel de uma espécie de coro de tragédia grega que faz progredir a narrativa.
O tema principal do filme contará com a mestria de Shigeru Umebayashi, premiado compositor japonês, que se notabilizou, entre outros trabalhos, pela parceria com o realizador Wong Kar-Wai em Disponível para Amar ou 2046. Shigeru Umebayashi aceitou o nosso convite e virá a Lisboa trabalhar com uma orquestra portuguesa na sua composição.

Entre os nomes internacionais, o documentário conta ainda com uma constelação ecléctica - Kim Wooyong, Kumiko Tsumori, Maria Meireles, Neil Anthony, Soley e Tulipa Ruiz - que irá reinterpretar, cada um no seu idioma, o tema Let down dos Radiohead, e não só.

Do panorama nacional, foram convidados artistas, que se caracterizam pela sua singularidade, para reinterpretarem temas conhecidos e escolhidos para o filme.

TEMAS ORIGINAIS

No filme, sete compositores foram convidados para elaborar temas que reflitam as mundividências de cada uma das sete histórias, para que funcione ao longo do documentário como uma espécie de coro de tragédia grega que faz progredir a narrativa. Todos os temas partem e são inspirados nas entrevistas preparatórias a cada um dos personagens levadas a cabo pelo realizador.


SHIGERU UMEBAYASHI

Na sua juventude foi líder da banda de rock New Wave e já compôs mais de 40 bandas sonoras para cinema. É um dos mais importantes compositores do cinema asiático, sendo sobretudo conhecido no Ocidente pela sua colaboração com o realizador Wong Kar Wai, de Disponível para Amar (2001), 2046 (2004) e My Blueberry Nights (2007).

MÁRCIA e DEAD COMBO

Para o escritor Valter Hugo Mãe e o seu poema Contabilidade, Márcia, autora do álbum Casulo, foi convidada para construir um tema com uma melodia preparada e interpretada pelos Dead Combo, banda formada por Pedro Gonçalves e Tó Trips, conhecidos sobretudo pelas suas músicas que misturam influências do fado e do rock, bandas sonoras de westerns e temas regionais da América do Sul e África. À Márcia e aos Dead Combo junta-se Camané, uma das vozes maiores do fado em Portugal.

MEW

A banda de rock dinamarquesa Mew lançou o seu primeiro álbum em 1997. Produzido por Damon Tutunjian, A Triumph for Man saiu pelo selo dinamarquês Exlibris e fez a banda adquirir uma certa notoriedade devido ao hit I should have been a tsin-tsi (for you). Três anos depois, lançaram o segundo LP. Half The World Is Watching Me chegou às lojas em maio de 2000. O disco foi produzido pela própria banda, com o auxílio de Flemming Rasmussen, o homem por detrás do disco Master of Puppets dos Metallica. Atualmente já têm sete álbuns lançados. Para a banda sonora de O Sentido da Vida, a banda criou a música Karman line, tema do personagem Andreas Mogensen.

COVERS

Grandes temas foram selecionados para enriquecer a narrativa sonora do filme. Serão interpretados em várias línguas por artistas de diversas nacionalidades, explorando as diferentes localidades geográficas presentes na história. A canção "Metamorfose Ambulante" será apresentada em sua versão original brasileira e em uma adaptação lusitana pelos artistas JP Simões, Camané e Paus. Além disso, Kumiko Tsumori traz sua interpretação do fado "Barco Negro" em japonês.


CAMANÉ e PAUS

Com vista a explorar as diferenças de sotaques e ritmos da língua Portuguesa e jogar com as diferentes geografias paralelas do filme, convidámos uma das vozes maiores do fado português da sua geração para um dueto improvável com a banda PAUS de Fábio Jevelim, Hélio Morais, Joaquim Albergaria e Makoto Yagyu, reconhecida internacionalmente pela sua percussão única, para adaptar o famoso tema do multi-instrumentista Raul Seixas (1945-1989), frequentemente considerado um dos pioneiros do rock brasileiro. No filme, transitamos da versão original de Raul Seixas em cenas passadas no Brasil para momentos em Portugal, já com esta nova versão.

CRIS NICOLOTTI

Quando o realizador comunicou à equipa que gostaria de ter esta música como tema de abertura do filme, o sentimento foi de apreensão. Afinal, não deixa de ser uma escolha com algum risco. Mas acreditamos que um filme sobre O Sentido da Vida teria necessariamente de começar com um aviso tão sério como: Eu falei que isso ia dar merda. A interpretação é de Cris Nicolotti, atriz, cantora e apresentadora de TV, que participa regularmente nas novelas de maior audiência da Rede Globo.

DAVID FONSECA

David Fonseca é um músico, cantor e compositor português, conhecido por uma carreira que se tem pautado pelo experimentalismo. Para o filme O Sentido da Vida, interpretou a sua versão da música Havemos de ir a Viana, poema de Pedro Homem de Melo musicado por Alain Oulman e imortalizado pela voz de Amália Rodrigues.

NOISERV

Criado em 2005 por David Santos, Noiserv tem vindo a afirmar-se como um dos mais criativos e estimulantes projetos musicais surgidos em Portugal neste início de milénio. O álbum Almost Visible Orchestra, de 2013, foi galardoado com o prémio de melhor disco do ano pela Sociedade Portuguesa de Autores. Depois de ter colaborado com o realizador nas bandas sonoras de José e Pilar (2010) e O Labirinto da Saudade (2018), para o filme O Sentido da Vida, o músico interpreta a sua própria versão de Everyday, originalmente gravada por Buddy Holly, em 1957; Superfantastico, de Ignácio Ballesteros, Difelisatti e Edgard Poças (do famoso programa infantil dos anos 80 Balão Mágico); e Let down dos Radiohead.

KUMIKO TSUMORI

Natural de Osaka, a cantora Kumiko interpreta a sua versão do fado Barco negro em japonês, trazendo à tona as heranças portuguesas ainda presentes no Japão, resquícios de um período em que o país passou por grandes transformações influenciadas pelo contacto com o Ocidente, seja na culinária ou na língua - mais de 60 palavras de origem portuguesa são utilizadas, ainda hoje, no quotidiano nipónico. No filme a música é intitulada O vento que chora.

JP SIMÕES

Cantor, compositor, letrista, contista e dramaturgo, JP Simões edita álbuns desde 1995, com Pop Dell’Arte, Belle Chase Hotel, Quinteto Tati e a solo ou em colaboração com outros compositores. O seu último álbum em nome próprio, Roma, foi editado em 2013 e mereceu uma longa digressão nacional e internacional. Depois da participação no Festival da Canção de 2018 com "Alvoroço", que venceu o prémio de melhor tema de música popular na Gala Prémio Autores 2019 da Sociedade Portuguesa de Autores, JP Simões voltou para a estrada para apresentar, de norte a sul, um espetáculo com reportório que atravessa diferentes fases e facetas da sua carreira.

BERLAM VELOSO

Berlam é uma personalidade artística única e genial, segundo ele próprio. Pós sexual e distante de quaisquer definições, Berlam já lançou disco com a Banda Larga e se colocou em uma década sabática para lidar com o mundo contemporâneo. Berlam é um super ego de ator e diretor Pedro Granato.

SOLEY STEFÁNSDÓTTIR

A cantora islandesa Sóley Stefánsdóttir estudou piano clássico e jazz quando era criança, ingressando mais tarde na Academia de Arte Islandesa para estudar composição, tornando-se numa pianista e guitarrista conceituada. Para o filme, Sóley criou uma versão de Blue skies, canção popular escrita por Irving Berlin em 1926, que integra a exclusiva banda sonora de O Sentido da Vida.

RADIOHEAD "LET DOWN"

A música “Let Down” é o tema central do filme e possui uma relação direta com o personagem Giovane. Na sua jornada pelo mundo em busca d’O Sentido da Vida, que começa em Portugal, o tema vai ganhando o idioma do país em que se encontra. Partindo de Portugal, Noiserv confere elementos singulares à canção. Em seguida, a banda The Killer Barbies revela sua versão espanhola. Quando a história chega à India, Neil Fernandes, juntamente com Maria Meireles, apresentam uma canção na língua indiana concanim. No Japão, o artista Kim Wooyong encerra a passagem da música pela Ásia. No fim da jornada, Giovane chega ao Brasil e a música ganha sua versão brasileira pela voz da artista Tulipa Ruiz.


NOISERV

Criado em 2005 por David Santos, Noiserv tem vindo a afirmar-se como um dos mais criativos e estimulantes projetos musicais surgidos em Portugal neste início de milénio. O álbum Almost Visible Orchestra, de 2013, foi galardoado com o prémio de melhor disco do ano pela Sociedade Portuguesa de Autores. Depois de ter colaborado com o realizador nas bandas sonoras de José e Pilar (2010) e O Labirinto da Saudade (2018), para o filme O Sentido da Vida, o músico interpreta a sua própria versão de Everyday, originalmente gravada por Buddy Holly, em 1957; Superfantastico, de Ignácio Ballesteros, Difelisatti e Edgard Poças (do famoso programa infantil dos anos 80 Balão Mágico); e Let down dos Radiohead.

THE KILLER BARBIES

Temas com influências de “Los Ramones”, dos “Misfits”, dos “Sex Pistols” e dos “Crystals” cantados por uma voz feminina em velocidade de anfetamina Com esta carta de apresentação, as “Killer Barbies” estouraram no epicentro da cena independente espanhola em 1995 e rapidamente conquistaram um lugar no topo de todos os festivais de Espanha e em boa parte da Europa, incluindo uma turnê pela Alemanha com o grande “Iggy Pop” e em Nova York com outros de seus ídolos como “The Misfits”. Mas preparem-se porque as Barbies Assassinas voltaram armadas até os dentes e ameaçam cometer um grande terremoto musical.

NEIL FERNANDES

Neil Fernandes, de Goa, é multi-instrumentista, vocalista, produtor musical e bailarino. Aos 17 anos lançou o seu primeiro álbum, Reality, trabalhando como compositor de jingles e música para diversos programas televisivos e filmes e colaborando com nomes da cena artística indiana e internacional, como Louiz Banks, Matteo Fraboni, Alfonso Romio ou Gary Plumley. Para O Sentido da Vida criou Ek dis (Um dia, em concani, a língua oficial de Goa). Atualmente a viver em Portugal, integra o duo de Jazz Maria e Neil, com a cantora portuguesa Maria Meireles.

KIM WOOYONG

Para o documentário O Sentido da Vida, o cantor Kim Wooyong reinterpreta uma versão em japonês da música Let down, originalmente lançada pela banda inglesa Radiohead em 1997 no álbum OK Computer. Esta versão foi gravada no a-bridge, bar de um bairro bem conhecido na cidade de Tóquio, para a cena final do documentário.

TULIPA RUIZ

Vencedora do Grammy Latino, Tulipa Ruiz é cantautora e ilustradora. A artista tem músicas incluídas em filmes, novelas e games e costuma se apresentar em teatros e festivais do mundo todo, como Rock in Rio e Montreux Jazz Festival. Seu trabalho, além de receber o acolhimento do público, é respeitado pela crítica especializada e se destaca em publicações importantes, como os jornais britânicos The Guardian e Independent. Uma de suas primeiras músicas, “Efêmera”, foi trilha sonora do game FIFA e uma das mais recentes, “Banho”, foi gravada por Elza Soares. Como artista gráfica colaborou com o jornal Le Monde Diplomatique Brasil, ilustra livros infantis e lança sua primeira coleção de roupas chamada "Aconteceu de Caber", na Casa de Criadores 2021, maior evento de moda autoral da América Latina.